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Há dois anos, quando todo o setor de óleo e gás se estruturava para sobreviver ao início da queda dos preços do petróleo bruto, as refinarias começaram a viver um período de relativa prosperidade. No entanto os dias de bonança estão próximos do fim – como aponta recente estudo da Bain & Company.
A principal razão por detrás disso é a expansão de capacidade na próxima década, trazendo como consequência uma pressão sobre as margens em âmbito global.
Dentro desse cenário desafiador, a América Latina tem motivos de sobra para se preocupar: a região tem apresenta um desempenho pouco competitivo na execução de projetos, fato que coloca a região em extrema desvantagem em relação às novas refinarias do Oriente Médio e da região Ásia-Pacífico, por exemplo. “Graças à falta de competitividade que se tem demonstrado na construção de projetos de refino, impactados por graves atrasos e um custo por barril de capacidade que é mais que o dobro em relação às regiões com melhor desempenho nesse quesito, continuaremos a importar produtos como gasolina e diesel, enquanto exportamos petróleo bruto”, afirma José de Sá, coautor do estudo e sócio da Bain & Company.
Fora isso, historicamente a região já contava com desafios significativos, contando com apenas 8% da capacidade global de petróleo, com 15% dessa capacidade em ativos com baixa competitividade global (considerando sua escala e flexibilidade operacional). Sendo assim, o portfolio regional deve sofrer uma pressão redobrada dos ativos sendo implantados na região Ásia-Pacífico, Oriente Médio e na Comunidade dos Estados Independentes – que estão investindo em refinarias de grande escala e alta capacidade de conversão.
Nesse sentido, é importante para as companhias de refino da América Latina focar em construir habilidades em quatro áreas estratégicas:
• Garantir acesso ao mercado. Seja focado no mercado local ou na exportação, refinadores devem entender o diferencial competitivo em cada mercado em potencial, bem como ameaças-chave à competitividade, e descobrir como superá-las.
• Otimizar o acesso a matérias-primas e rendimento do produto. Mais do que nunca, os refinadores precisam avaliar preços e a otimização potencial para cada petróleo disponível através dos modelo lineares das refinarias com uma visão clara da demanda de mercado e diferenciais de preço. Isso tem sido particularmente valioso nos Estados Unidos, onde refinadores que rapidamente entenderam o papel do petróleo bruto conseguiram obter grandes benefícios.
• Atingir a excelência operacional. Focar em confiabilidade, eficiência energética, produção da linha de frente e gerenciamento de capital de giro são pontos-chave para atingir excelência. Muitos refinadores têm focado nessa abordagem recentemente, mas grande parte continua entre os “mais ou menos” eficientes.
• Aumente a habilidade de gerenciar projetos de capital. Talvez o item mais crítico para a região, atingir excelência em projetos de capital requer que os refinadores implantem e continuamente melhorem sistemas e projetos. Entender os custos e trabalhar sistematicamente para reduzi-los são atitudes extremamente importantes.
• Otimize o portfólio da refinaria. Refinadores devem perseguir não só o potencial pleno para cada refinaria, mas também para seu sistema completo, “podando” os ativos que perderam o potencial competitivo. Eles devem avaliar cenários para o futuro e decidir quais fatores monitorar para entender as decisões a tomar
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