Harvard Business Review
Quando vista de um satélite, uma tempestade tropical parece mais ou menos uniforme, como se afetasse cada área que toca com a mesma intensidade. Do chão, no entanto, as coisas são vistas de maneira diferente. Algumas casas perdem seus telhados enquanto outras saem intactas. Uma comunidade é devastada enquanto sua vizinha escapa sem um arranhão. É assim também com tempestades no mundo dos negócios: até mesmo uma crise profunda afeta as empresas de maneiras diferentes.
Cada empresa tem suas forças e vulnerabilidades particulares e terá respostas diferentes para três perguntas críticas:
- Como a crise está afetando a indústria na qual a empresa compete?
- Qual é o posicionamento estratégico da empresa dentro desta indústria?
- Que nível de recursos financeiros a empresa pode utilizar para atravessar a crise?
Os movimentos mais poderosos que uma empresa pode executar num momento como esse dependem de sua posição nessas três dimensões. Se sua empresa tem posição financeira boa, por exemplo, ela poderá investir mais do que os competidores em marketing visando aumentar a lealdade dos seus clientes. Pode ser capaz de atacar ou até mesmo de adquirir competidores mais fracos. Se os recursos financeiros são escassos, você terá um conjunto diferente de possibilidades. Sua melhor opção pode ser vender ativos não core e reestruturar a sua dívida ou acelerar decisões de redução de custos e endividamento.
Você pode também procurar alianças estratégicas ou parceiros para fusão e se desfazer dos ativos que não são estritamente necessários para a sobrevivência.
Vamos discutir mais detalhadamente cada uma dessas dimensões e as oportunidades que elas apresentam.