We have limited Portuguese content available. View Portuguese content.

Article

É hora de dar nova olhada na África

É hora de dar nova olhada na África

A maioria dos executivos de bens de consumo não leva a sério a ideia de buscar crescimento na África. Porém, o continente passou por uma dramática evolução, que toma a ideia digna de reconsideração.

  • min read

Article

É hora de dar nova olhada na África
pt-BR

É hora de dar nova olhada na África A maioria dos executivos de bens de consumo não leva a sério a ideia de buscar crescimento na África ao considerar pobreza, fome, instabilidade política fatores que preocupam qualquer líder empresarial. Na última década, porém, o continente passou por uma dramática evolução, que toma a ideia digna de reconsideração. Uma nova classe de consumidores emerge tão rapidamente que os gastos globais de consumo deverão dobrar até 2020. Em paralelo, o risco político mundial diminuiu. Rever sua posição sobre a África pode levá-lo afazer as coisas de forma diferente e até mais radical. A líder global de bebidas alcoólicas Diageo começou a exportar Guinness para Serra Leoa em 1827, mas apenas na década de 1960 estabeleceu sua primeira grande cervejaria no exterior, na Nigéria. Nos últimos seis anos, a empresa percebeu que a África pode tornar-se um motor de crescimento significativo, estabeleceu a região como prioridade e elevou-a a um negócio que se reporta diretamente ao CEO. Nesse período, a Diageo investiu mais de US$ 1 bilhão na África, construindo capacidade de produção local, adquirindo marcas locais e apoiando suas próprias marcas. Poucos no setor de consumo foram tão longe. E a região representa o maior mercado emergente da Diageo em vendas e lucro. No ano fiscal de 2011, em nível global, a África contribuiu com 30% do crescimento de vendas e com 40% do aumento de lucro operacional da empresa. Duas indianas do setor de bens de consumo, Marico e Godrej, decidiram adentrar a África de forma diferente. Elas continuam investindo nas categorias que as tomaram populares na índia (cuidados com o cabelo e pessoais), mas optaram por adquirir marcas locais. A experiência fornece lições importantes. Em primeiro lugar, crescer na Áfiica exige a disposição de aceitar um risco maior. Em segundo, a região pede maior flexibilidade e capacidade de resposta, especialmente quando se trata de fusões e aquisições, em que o jogo é cada vez mais competitivo. Marico e a Godre já adquiriram negócios que a maioria das multinacionais consideraria arriscados. A ascensão dos players mostra que o campo de jogo na África não se restringe as grandes empresas multinacionais dos países desenvolvidos. Ao contrário da China, da índia ou do Sudeste Asiático, o continente não possui muitos operadores locais em grande escala e pode ser a região onde os novos líderes de mercados emergentes apresentarão crescimento dimensional. Esta é mais uma razão para dar à África maior prioridade em sua agenda corporativa.

Tags

Quer saber mais?

Ajudamos líderes do mundo todo a lidar com desafios e oportunidades cruciais para suas organizações. Juntos, criamos mudanças e resultados duradouros.