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O novo papel do CIO: liderança estratégica na transformação digital e no crescimento sustentável

O novo papel do CIO: liderança estratégica na transformação digital e no crescimento sustentável

Esse novo perfil requer habilidades de liderança com ampla visão estratégica, competência técnica e capacidade de traduzir tecnologia em valor de negócio

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O novo papel do CIO: liderança estratégica na transformação digital e no crescimento sustentável
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Este artigo foi originalmente publicado no site da Época Negócios

Brasil, janeiro de 2025 - Nos últimos anos, o papel do Chief Information Officer (CIO) evoluiu de uma maneira inédita para empresas e profissionais. O CIO deixou de ser apenas um gestor técnico e se tornou protagonista estratégico, essencial na liderança da transformação digital e na implementação de inovações. A tecnologia hoje vai além de suportar operações e passou a ser o principal motor de avanço e competitividade das organizações. Desse modo, o executivo desempenha o papel de agente de mudança e crescimento.

Essa evolução tem criado uma tendência de mercado ‒ a fusão com as funções de Chief Technology Officer (CTO) e Chief Digital Officer (CDO). Uma pesquisa da Bain & Company sobre estratégia em tecnologia mostra que uma a cada quatro empresas integram essas responsabilidades ao cargo de CIO, criando uma posição mais holística e estratégica.

Isso porque as funções deste CIO multifacetado envolvem suas responsabilidades tradicionais de gerenciamento da infraestrutura de TI, segurança e eficiência operacional, aliadas ao papel de CTO como liderança de inovação e aplicação de tecnologias emergentes, além de iniciativas relacionadas à transformação digital e à experiência do cliente, originalmente sob o comando do CDO.

Esse novo perfil requer habilidades de liderança com ampla visão estratégica, competência técnica e capacidade de traduzir tecnologia em valor de negócio. O novo CIO deve ser um estrategista capaz de alinhar tecnologia às prioridades organizacionais, promover agilidade e criar experiências digitais centradas no cliente. Além disso, ele precisa liderar equipes interdisciplinares e navegar entre operações tradicionais e iniciativas disruptivas. Embora desafiador, esse modelo elimina silos organizacionais, acelera decisões e fortalece a competitividade empresarial, alavancando o negócio.

Entre as soft skills essenciais para o cargo estão a capacidade de alinhar a tecnologia às metas de negócios; aptidão para implementar novas tecnologias que melhorem a experiência do cliente e gerem vantagens competitivas; e entrega de valor rápido e mensurável, com equilíbrio entre inovação eficiência e habilidades interpessoais. No que se refere às competências técnicas, é preciso estar preparado para apoiar a companhia a explorar todas as oportunidades apresentadas pelas novas tecnologias, com destaque para:

Ampliação das aplicações de IA
Arquitetura, infraestrutura de dados e computação para aproveitar todo o potencial da IA em toda a organização.

Modernização da infraestrutura
Arquitetura moderna, descentralizada e orientada a serviços, com plataformas modernas centradas em nuvem.

Expansão da capacidade computacional
Transição para a nuvem, obtendo benefícios da flexibilidade, escalabilidade e principalmente a capacidade de inovação em ambientes cloud.

Arquitetura e Governança de dados
Pesquisa, aquisição, convergência e utilização de dados de forma integrada, em domínios estruturados e não estruturados, para alimentar casos de uso de IA.

Segurança e privacidade
Arquitetura Zero Trust – abordagem que verifica constantemente todos os usuários e dispositivos, mesmo dentro da rede corporativa –, segurança baseada em IA para mitigar riscos cibernéticos e atender às novas regulamentações de privacidade de dados.

Excelência em Engenharia - Automação
Automatização de todo o ciclo de vida de software e aplicações, desde operações (IA em arquivos de log) até engenharia e SDLC (Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software).

Diante dessas demandas, a senioridade é essencial para os desafios do cargo, uma vez que o ambiente em que o CIO atua exige resiliência e flexibilidade para lidar com disrupções constantes, regulamentações rigorosas e a intensa pressão por resultados rápidos. Uma análise da Bain sobre a carreira dos CIOs mostra que 92% têm mais de 15 anos de experiência profissional, 54% foram contratados a partir de cargos no C-level, 70% têm formação ou trajetória profissional na área de tecnologia e 62% ocupam a posição há mais de 5 anos – a média de tempo na função é de 8 anos.

Nesse contexto, quando um executivo assume o cargo de CIO em uma nova organização, os primeiros 100 dias são cruciais para estabelecer credibilidade e definir a direção de sua liderança. Claro que não é possível resolver todos os desafios nesse período inicial, mas é imprescindível aproveitar esse tempo para criar bases para um impacto sustentável, mapear o cenário existente, priorizar questões críticas em um plano inicial e mostrar resultados o quanto antes.

Como as responsabilidades dos CIOs continuam a evoluir, refletindo a crescente complexidade de suas funções, este executivo deve buscar uma visão abrangente e estratégica e ser capaz de engajar-se com seus pares, colaborando sobre questões relacionadas à tecnologia. Essa troca de experiências permite uma abordagem mais assertiva na resolução de desafios, gerando resultados mais rápidos e sustentáveis. Além disso, ao integrar o CIO na liderança estratégica, as empresas garantem que as decisões tecnológicas estejam alinhadas às necessidades do negócio, impulsionando a competitividade e o crescimento contínuo no mercado.

*Luis Díez é sócio da Bain e líder da prática de Enterprise Technology na América do Sul.

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