Press release
Um novo estudo realizado pela Bain & Company apontou a percepção dos brasileiros em relação a pandemia e mostrou como seus hábitos de consumo foram alterados.
A pesquisa, realizada em 30 de junho com quase 1600 pessoas de forma remota, contemplou diversas regiões do Brasil em diferentes classes sociais, e apontou que a pandemia reduziu a renda de 66% dos entrevistados. O cenário se manteve para outros 32% e melhorou apenas para 3% dos participantes do levantamento.
As expectativas mais negativas estão, justamente, entre os grupos com os menores salários. No segmento de baixa renda, 71% das pessoas disseram esperar algum tipo de redução de rendimentos. Na outra ponta, apenas 39% dos entrevistados do segmento de alta renda possuem essa previsão.
O levantamento apontou também um cenário de estabilização nos gastos no mês de junho, ao contrário da comparação entre os meses anteriores, que havia apontado queda significativa em maio ante abril na maioria das categorias. Entre as categorias essenciais, os segmentos de bebidas, produtos embalados e pets apresentam as maiores reduções de consumo na comparação com os gastos pré-pandemia. Já entre as categorias não-essenciais, os segmentos mais afetados são os de beleza, vestuário e calçados.
Ainda segundo a pesquisa feita pela Bain, as famílias de renda mais alta aumentaram sua busca por serviços, gastando mais em junho do que em maio. Neste grupo, os que mais aumentaram foram os gastos com restaurantes.
Por outro lado, pessoas com renda inferior estão gastando ainda menos com viagem e serviços de beleza. Os investimentos em educação aumentaram em famílias com renda mais baixa, enquanto apresentaram queda no mesmo período pelas classes mais altas.
“O consumidor brasileiro continua muito pessimista sobre os impactos da pandemia, mas os dados de junho indicam que, aos poucos, vamos conseguir enxergar uma recuperação econômica. Os setores de serviços, certamente, serão os que vão demorar mais nessa retomada, mas no segmento de produtos essenciais estamos notando uma atenção maior ao preço, que passa a ser o grande diferencial para a compra”, explica Federico Eisner, sócio da Bain & Company.
Canais de Compra
Os meios de compra também variam de acordo com a classe social dos entrevistados. Durante a pandemia, cerca de 55% dos consumidores substituíram as compras nos canais tradicionais, migrando para o online. Mas a prevalência desse meio no pós-pandemia será maior entre os entrevistados de alta renda – 83%.
A principal tendência de substituição no uso do canal é entre alimentos e restaurantes.
Crise afeta financiamentos
A dificuldade de manter financiamentos também prevalece entre classes de baixa e média rendas, sendo que 25% desse público não conseguirão manter os termos originais acordados.
Menos tempo no carro, mais tempo para lazer
Comparando com o período pré-Covid-19, a Bain identificou que as pessoas ainda passam mais tempo com entretenimento digital do que trabalhando.
O tempo que era gasto em transporte, agora foi redirecionado ao lazer, utilizados em aplicativos como Youtube, Whatsapp e Netflix, que tiverem os maiores acessos no período.
Novo normal
Entre os principais hábitos adquiridos na pandemia, os que continuam a crescer e devem ser mantidos no pós-Covid-19 são realizar movimentações bancárias online, pedir refeições por meios apps e fazer compras online e por meio de grupos comunitários.
“O estudo mostra que há três tendências que vieram para ficar no “novo normal”. A primeira delas, a migração para o online. A segunda, maior foco em saúde. As pessoas irão se cuidar mais do que antes. A última será a redefinição de valor. O consumidor irá avaliar qual o significado do produto e o quanto ele custa”, explica Eisner.
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