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A crise provocada pela Covid-19 é um momento decisivo para a liderança das empresas de todos os setores. Acima de tudo, a segurança dos funcionários, clientes e parceiros de negócios deve figurar como prioridade fundamental em qualquer ramo de atividade.
Novo estudo da Bain & Company mostra que os setores devem se recuperar de forma bastante diferente. Com a mudança das prioridades da população, as empresas de bens de consumo sofrerão com comportamentos distintos. Compras de "pânico", como produtos de limpeza, desinfetantes, máscaras, refeições prontas e medicamentos, ganharam espaço, enquanto laticínios, bebidas alcoólicas e produtos de luxo tiveram recuo.
Nas últimas semanas, a procura por atividades que demandem aglomerações de pessoas despencou. Turismo, transportes, restaurantes (com exceção das operações de delivery) verificaram quedas vertiginosas. As companhias aéreas reduziram suas operações em até 90 no período. "A recuperação dessas empresas, mesmo após a crise, não deverá ser rápida", avalia Luciana Batista, sócia da Bain & Company.
Outra categoria de empresas, a de bens de consumo não essenciais, que envolve vestuário, produtos de beleza e eletrodomésticos pode ser beneficiada por um pico de demanda relacionada com a chamada "compra de vingança", em que os consumidores adquirem bens como uma forma de compensação pelo período de afastamento. "Já os supermercados, que registram aumento na procura neste momento, tendem a ter suas operações estabilizadas quando o atual cenário for superado", afirma Luciana.
Há, ainda, um grupo que absorverá benefícios permanentes. É o caso de empresas de cursos e entretenimento online, ferramentas de trabalho remoto, além das relacionadas a saúde e nutrição, como a telemedicina. Luciana avalia que a pandemia tem o poder de acelerar tendências que já estavam em andamento e que tais setores atingirão um novo normal daqui para frente.
Por fim, a Bain analisa que as posições competitivas e relacionamentos com clientes de varejo e bens de consumo podem ter sido significativamente alterados, juntamente com mudanças na participação dos consumidores na carteira e nos repertórios de compra. O atual surto também destaca a importância da preparação, resposta rápida, aprendizado contínuo, adaptação e comunicação no planejamento de contingência.